quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vazamento de material radioativo em Angra 2

Do G1

"Eletronuclear informou que seis funcionários foram examinados.
Apenas 3 deles teriam sido contaminados; acidente seria "insignificante".

Reator Nuclear de Angra 2

"A Eletronuclear comunicou nesta terça-feira (26) um vazamento de material radioativo na usina nuclear de Angra 2, no dia 15 de maio. Segundo a empresa, seis funcionários foram monitorados e nenhum apresentou níveis de contaminação "acima das normas reguladoras". Dos seis, três teriam sido contaminados sem gravidade.

O comunicado da empresa divulgado às 18h42 desta terça-feira (26) diz: "Os seis trabalhadores que estavam próximos à sala foram minuciosamente monitorados e verificou-se que o nível de radiação a que se submeteram foi muito abaixo dos limites estabelecidos nos procedimentos da empresa e nas normas reguladoras".
A assessoria de imprensa da Eletronuclear reiterou que, dos seis funcionários que estavam próximo ao que chamou de "evento não usual", três foram contaminados.

Anteriormente, a Eletronuclear informara que três funcionários haviam sido contaminados, enquanto o Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN) anunciou que quatro pessoas teriam sido atingidas pelo vazamento.

Segundo a Eletronuclear, os contaminados foram examinados e passaram por um processo de descontaminação, ainda que o material não oferecesse risco à saúde.

Angra 2

A Eletronuclear garantiu também que o vazamento foi insignificante e que a prefeitura de Angra dos Reis, a Comissão Nacional de Energia Nuclear e o Ministério de Minas e Energia foram avisados.

Segundo a empresa, uma peça contaminada era raspada para a retirada de material radioativo. Este trabalho seria um processo rotineiro. Um funcionário não desconectou o sistema de ventilação para evitar que as partículas raspadas se espalhassem pela usina. As partículas acionaram o alarme de Angra 2.

De acordo com a Eletronuclear, o evento foi classificado como nível 1. Isso significa que ele teve pequenas proporções e que não há necessidade de ações reparadoras. São tomadas apenas medidas preventivas para evitar que incidentes similares ocorram novamente.

A Eletronuclear informou que os funcionários foram levados para Mambucaia, onde foram examinados e passaram por descontaminação.

Prefeitura diz que não há contaminados
A Prefeitura de Angra dos Reis informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o acidente foi considerado como evento não-usual – sem danos ao meio ambiente ou à saúde das pessoas. A assessoria afirmou, ainda, que a Defesa Civil do município foi acionada no mesmo dia, e que não há registros de funcionários contaminados.

Nota oficial da Eletronuclear

Esta é a nota divulgada pela Eletronuclear:

"Às 16h15 de 15.05.2009, em função da ocorrência de alarme de radiação na ventilação da usina, foi deflagrado preventivamente Evento Não Usual em Angra 2. O alarme foi normalizado imediatamente após sua ocorrência.

O alarme atuou devido à falha no procedimento da descontaminação de um equipamento que causou a liberação de material radiativo na sala onde o trabalho estava sendo executado. Os seis trabalhadores que estavam próximos à sala foram minuciosamente monitorados e verificou-se que o nível de radiação a que se submeteram foi muito abaixo dos limites estabelecidos nos procedimentos da empresa e nas normas reguladoras.

Análises e verificações dos monitores de radiação também indicaram que as liberações pela ventilação estiveram dentro da normalidade durante todo o tempo.

O evento foi comunicado à Comissão Nacional de Energia Nuclear e à Prefeitura de Angra dos Reis.

Após avaliação das condições radiológicas da usina e conseqüências do evento, constatou-se que não houve impacto para o meio ambiente, para os trabalhadores da usina e para o público em geral. O Evento Não Usual foi encerrado às 18hs15 do mesmo dia".

Praia Brava e a Usina ao fundo




Fonte: sítio G1
Crédito fotos: Reator Nuclear - Marcelo Sayão - banco de imagens Agência Globo
Angra 2: CNEN
Praia Brava e Usina ao fundo - google earth

sábado, 2 de maio de 2009

Vamos manter e preservar as calçadas de pedras portuguesas

Campanha pela manutenção do calçamento com pedras portuguesas no Rio de Janeiro

Com imenso espanto e indignação li a reportagem feita por Jaqueline Costa, Luiz Ernesto Magalhães e Selma Schimidt sobre as pedras portuguesas na cidade do Rio de Janeiro, publicada na edição do dia 27 de abril de 2009, do Jornal O Globo. Manda a ética jornalista, sempe ouvir os dois lados do tema que se aborda - no caso as pedras portuguesas. A reportagem não colocou os casos exemplares de Lisboa e outras cidades como Belo Horizonte e Araras (em São Paulo), onde as pedras portuguesas são colocadas e não causam problemas à população, pois são bem conservadas.

As grandes nações do mundo chegaram a este estágio porque, entre outros fatores, mantiveram as suas tradições. Um povo é feito de tradições que fazem a sua História e é isto que falta ao Brasil, valorizar e manter as suas tradições.

Temos complexo de subdesenvolvido e por isso queremos sempre imitar àqueles países do primeiro mundo que, ao contrário de nós, preservam as suas tradições e que têm uma história, uma colonização, diferente da nossa. Trazer como exemplo Nova Iorque e Londres mostra, exatamente, esse complexo e essa mania de copiar o que os outros têm e nada dizem respeito à nossa tradição. Fomos colonizados pelos portugueses que deixaram aqui uma bela tradição de calçamento representada pelas pedras portuguesas.

Além de embelezar com seus mosaicos, as pedras portuguesas clareiam as ruas, refletem o sol e a iluminação noturna, fazendo o simples ato de caminhar pelas calçadas mais agradável. Nova Iorque, com seu calçamento de cimento, é escura e soturna.

As obras do Rio Cidade do exprefeito César Maia mostram que o calçamento com tijolos e cimento também são ineficazes, porque com a ação do calor e das chuvas, principalmente o cimento, se quebra e afunda, deixando buracos nas calçadas. Portanto, não se trata de substituir o calçamento por este ou aquele material e sim exigir que seja feita uma manutenção constante e adequada, com profissionais qualificados e caprichosos. Não raro se vê a lambança que é feita misturando cores de pedras portuguesas num remendo desleixado e descomprimissado com o cuidado da coisa pública feito, inclusive, por concessionárias de serviço píbllico que realizam obras e não refazem o calçamento de forma adequada, alguns colocam, inclusive, cimento no lugar das pedras.

Pedras portuguesas colocadas com desleixo


Calçada de cimento

Calçada de tijolos

Calçada de granito

Ao contrário de se iniciar uma campanha, subliminar, para acabar com as pedras portuguesas, o que se deve fazer é uma campanha para que a Prefeitura capacite funcionários e mantenha constantemente as calçadas, além de cobrar dos prédios e estabelecimentos comerciais que mantenham - o que, aliás, já é lei. O dinheiro que se gasta através do superfaturamento de obras, como suspeita-se, por exemplo, no caso da Cidade da Música, pode muito bem ser gasto com a manutenção de uma tradição da cidade do Rio de Janeiro e que é um de seus grandes atrativos. O argumento de que tal calçamento é prejudicial aos idosos não procede. Por acaso não existem idosos, cadeirantes etc. em Lisboa?

Calçada de Pedra Portuguesa em Belo Horizonte

Reparem na foto acima, na parte embaixo à direita que até o decilive para a garagem foi bem feito.

Calçada Pedra Portuguesa em Lisboa


Calçada Pedra Portuguesa em Lisboa

É inadmissível que ao contrário de se cobrar das autoridades a sua responsabilidade no cuidado

Calçada Pedra Portuguesa em Lisboa


com a coisa pública, de se exigir e educar ao cidadão para que conserve as calçadas com capricho e não com remendos mal feitos, se decida por eliminar algo tão bonito. Qualquer que seja o material, ele sofrerá desgaste com o tempo e necessitará de uma manutenção. Portanto, o que está em discussão é a manutenção e não o tipo de calçamento.

Trata-se de preservar nosso Patrimônio Ambiental Cultural e Artificial, conforme prescrito na Constituição Federal. Um bom começo é iniciar uma campanha de educação ambiental para conscientizar a população da importância de se preservar e manter a cidade, inclusive no que diz respeito à sujeira que é jogada nas ruas.

Um remendo desleixado, como mostra a primeira foto, é uma demonstração clara de falta de educação, de cidadania e de cuidado com a coisa pública que pertence a todos e deve ser preservada para as futuras gerações.

Calçada em Pedra Portuguesa e bondinho

Vejam estas fotos de Lisboa (acima e abaixo), além do calçamento em pedras portuguesas ainda se mantêm o bondinho, que não está em más condições como o nosso de Santa Teresa.

Calçada de pedras portuguesas e bondinho

créditos das fotos
Foto 1: O Globo Enviado por Bianca Marotta - 14.1.2008 - 10h06min
Foto 2: Calçada de cimento: Enviada pelo leitor Leo H. para o eu repórter em 24.04.2009
Foto3: Calçada de tijolos 014009 fotosearch.com.br
Foto 4: Calçada de granito: Foto DSC06745-2 - Blog do Roberto Moraes
Foto 5: Calçada pedra portuguesa Belo Horizonte: Bruno bhz
Fotos 6, 7 e 8 : Calçadas Lisboa - Arnaldo Interata
Foto 9: Calçada pedra portuguesa e bondinho: euroresidentes
Foto 10: Calçada de pedras e bondinho - viajeaqui.abril.combr