quarta-feira, 14 de maio de 2008

Finalmente a Ministra Marina saiu

Sim, finalmente a Ministra do Meio Ambiente pediu demissão. O Presidente Lula perdeu um grande nome que, com o Ministério do Meio Ambiente, conseguiu ficar apagado. A Ministra pouco podia fazer diante do TOTAL COMPROMISSO DE LULA COM A DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE - vide a aprovação para o plantio do milho transgênico etc.

À Ministra não restava outra alternativa, na medida em que cada vez mais era desautorizada pelo Presidente. Lula optou pelo desenvolvimento a todo custo e para isto desrespeita as leis e pior, diz que as leis atrapalham o desenvolvimento, o seu PAC, vez que exigem muito dos investidores - Lula refere-se à Lei de Licitações, instrumento que visa salvaguardar o dinheiro público contra empresas aventureiras e sem estrutura. E, mesmo assim, com o crivo da Lei de Licitações, muitas licitações são vencidas à custa de corrupção.

O Presidente conseguiu calar uma das maiores vozes em defesa do Meio Ambiente, mas, depois de tanta pressão, a Ministra decidiu voltar a ter voz e se demitiu. Ganhamos nós que trabalhamos em defesa do Meio Ambiente, pois, a contrário senso, a presença de Marina Silva no Ministério pouco contribuiu para fazer valer, principalmente, o Princípio da Precaução do Direito Ambiental, em que diz que na dúvida pró-ambiente, ou seja, a atividade não se realiza. Não foi o que ocorreu com a autorização do plantio de milho geneticamente modificado, que sequer teve Estudo de Impacto Ambiental, conforme se vê de post anterior intitulado Liberação de Milho Transgênico deixa clara a irresponsabilidade do Governo.

A saída da Ministra contrariou o Presidente, pois ele não conta mais com a blindagem de protetor do Meio Ambiente que o nome de Marina Silva, no Ministério, lhe garantia. Como disse um jornal carioca, o Rei ficará nú.

Lula convidou outro grande nome na defesa do Meio Ambiente - o Secretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro - Carlos Minc.

Vamos ver se o novo Ministro conseguirá fazer valer a legislação ambiental, ou se sucumbirá ao poder econômico dos estrangeiros que dominam o agro-negócio na Amazônia.

Quem viver verá!