sábado, 29 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto


sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Vamos aprender com a história 1 - não somos um país negro

O mundo assistiu, perplexo, à morte de Benazir Bhutto, ex-primeira ministra do Paquistão que foi morta, não se sabe por quem, mas, tem-se um sem número de suspeitos. Mas, entre todos os suspeitos, há uma coisa comum - o ódio religioso.

Há algum tempo estamos querendo escrever sobre mais um aspecto da cidadania - a nossa origem, quem somos e o que queremos como Nação. Isto é o que a cidadania busca - o bem-comum de todos.

Agora vamos falar de um aspecto muito polêmico de nossa cidadania - de quem somos - que, atualmente, vem se transformando numa guerra - não mais velada - entre algumas etnias que compõem a formação étnica brasileira. Falamos expressamente - para não pairar qualquer dúvida - de alguns movimentos negros de nosso país.

Que há racismo no Brasil não se discute. Que os negros devem ocupar um lugar mais digno na sociedade não se discute etc. e tal.

O que se discute é o meio pelo qual certos movimentos pretendem elevar a condição dos negros no país e este meio vem sendo utilizado através da manipulação de dados estatísticos, fazendo crer uma realidade que não existe.

Não somos um país negro - como querem fazer crer.

Somos um país miscigenado entre índios - que TODOS SE ESQUECEM - europeus, negros e asiáticos. Portanto, não somos negros - somos pardos e qualquer outra coisa que queiram, menos negros. Isto seria reduzir, e em muito, a riqueza de nossa formação étnica e cultural - o que nos torna uma país muito rico.

Como diz nossa amiga Nazaré, matamos a cobra e mostramos o pau. Então, vamos às estatísticas do IBGE (que até o momento serviram de base para tudo e não foram questionadas em sua similitude com a verdade).

Dados da PNAD de 2006 revelam que:
Somos um total de 184.388.620 habitantes, dos quais
49,9% são brancos;
6,3% são negros;
43,2% são pardos e
0,7% são amarelos e indígenas.

Portanto, NÃO SOMOS UM PAÍS NEGRO COMO QUEREM FAZER CRER. SOMOS UM PAÍS MISCIGENADO E DEVEMOS NOS ORGULHAR DISTO.

Em relação ao número de anos de estudo, a mesma pesquisa revelou que AS PESSOAS COM 15 ANOS OU MAIS SÃO ASSIM REPRESENTADAS:

total de brasileiros têm em média 7,0 anos de estudo, dentre os quais temos

brancos = 7,9;
negros = 6,2;
pardos = 6,0.

Destacamos apenas estes dois dados para mostrar que não podemos construir uma cidadania e, consequentemente, iniciar políticas públicas, baseadas em dados que diferem da realidade. Encontramos os pardos - que são a mistura de tudo o que temos aqui em nosso país e não apenas a mistura de negros e brancos, como querem alguns - os mais necessitados e mais desfavorecidos em nossa sociedade, ao contrário dos negros como dizem e querem fazer crer à população.

Portanto, o que queremos, neste blog e em toda a nossa sociedade, é o desenvolvimento do país e de todos os que o compõem. Queremos a nossa identidade como ela é - miscigenada. Isto é o que nos faz ricos.

Assim sendo, não vamos cair nas esparrelas de estatísticas apontadas por certos grupos que somam os negros e os pardos para favorecer apenas a alguns e abandonar os pardos, que não são negros, são a mistura, reiterando. O mais grave é que as estatísticas misturam negros e pardos em todos os demais itens como nível de ensino (médio etc.) e ignoram os índios e os amarelos. Assim, temos números desconexos da realidade, mas, houve um mínimo de critério para não deixar de conhecer a nossa realidade e na totalização da população podemos extrair o percentual de negros e pardos, e aí temos que os pardos são em número muito maior do que os negros - destacamos que esta PNAD já foi realizada a partir da auto-identificação.

Portanto, vamos aprender com a história e não vamos criar em nosso país um ódio racial que nada constrói.

domingo, 16 de dezembro de 2007

100 anos de Oscar Niemeyer

O arquiteto Oscar Niemeyer, que completou cem anos neste sábado (15), é um apaixonado pelo Brasil. Conhecido por projetar obras de concreto armado, criou prédios que poderiam ser considerados esculturas, entre eles, os prédios da capital federal, Brasília.
Niemeyer é um apaixonado pelo trabalho e desenhar é a sua vida, de acordo com parentes e amigos próximos. As curvas das montanhas brasileiras e das ondas do mar são imagens que o inspiram. Certa vez, ele disse:"Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito”.

Ainda jovem, Niemeyer foi discípulo do arquiteto francês Le Corbusier, um dos mais importantes do ramo. Seu talento impressionou o mestre e, anos mais tarde, Niemeyer ganhou o mundo com projetos ousados e revolucionários. Itália, França, Argélia e até a Organização das Nações Unidas (ONU) conheceram os traços desse brasileiro.Suas idéias revolucionaram a arquitetura e ainda hoje geram polêmica. Segundo Niemeyer, a arquitetura não tem que ser funcional, mas bela. E assim ele fez.“Faço arquitetura que me agrada, uma arquitetura ligada às minhas raízes e ao meu país”, disse Niemeyer no livro de frases “Traço, palavra, forma”.

Ele começou a fazer nome em Minas Gerais. Projetou igrejas, prédios, escolas. Essa primeira série de obras começou a dar uma cara mais urbana e moderna ao Brasil e marcou, também, sua parceria com o amigo e então governador Juscelino Kubistchek.

A amizade se concretizou numa cidade inteira: Brasília. Com traços ousados, o filho do modernismo que adotou o concreto armado para criar a capital do país, criou o Itamaraty, o Alvorada, o Congresso, a Catedral, a Praça dos Três Poderes, entre outros prédios e monumentos. E fez história.

Congresso Nacional -Brasília - Brasil
“Nós começávamos a imaginar quando é que Brasília iria surgir. De repente, aparecia uma mancha azul no horizonte. Ela ia crescendo. Depois apareciam os contornos e começávamos a dizer: ali é o Teatro, lá é o Congresso, a Torre. Brasília surgia como num passe de mágica, um milagre”, contou.

Comunismo

O reconhecimento mundial, no entanto, não fez Niemeyer ficar deslumbrado. Conhecido pela sua simplicidade, nem mesmo os anos 60 e a ditadura militar fizeram com que ele desistisse de suas convicções comunistas. Até hoje ele gosta de falar sobre o assunto.

A generosidade é outra característica do arquiteto. Numa ocasião, ao descobrir que o líder comunista Luis Carlos Prestes não tinha onde morar, comprou um apartamento para ele e cedeu seu próprio escritório para o amigo trabalhar. Com tudo dentro. É o jeito Niemeyer de ser: trabalhar para ganhar dinheiro e compartilhar tudo com amigos e familiares.

Museu Oscar Niemeyer
Apesar de tanto sucesso - recebeu todos os prêmios imagináveis, incluindo o prestigioso Pritzker em 1998 e a Ordem do Mérito Cultural este ano - Oscar Niemeyer é um homem modesto. Para os íntimos, ele confessa que não consegue entender a razão de tanta reverência. “Trabalhei muito, fiz meu trabalho na prancheta, como um homem comum...”, insiste.

Atualmente, o arquiteto se dedica integralmente ao projeto de um Centro Cultural na Espanha e vistoria as obras do caminho Niemeyer, em Niterói, região metropolitana do Rio. Depois ele pretende trabalhar no projeto de um outro centro cultural. Desta vez, no Chile.

Outras paixões

Mas não é somente a arquitetura que chama a atenção de Oscar. Futebol, mais especificamente o Fluminense, é tema de debates calorosos entre ele e seus amigos nos finais de tarde do seu escritório em Copacabana, na Zona Sul. O arquiteto chegou a jogar no time juvenil do clube de Laranjeiras.A paixão do arquiteto pelas curvas é outro assunto que ele gosta de falar. Principalmente sobre seu sentimento e admiração pelas formas femininas. “Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo”, explica o mestre.

Catedral de Brasília - Brasil

fonte: gazeta do povo
fotos: sem crédito

sábado, 8 de dezembro de 2007

27 anos sem John Lennon



"If someone thinks that love and peace is a cliché that must have been left behind in the Sixties, that's his problem. Love and peace are eternal". John Lennon
fotos: sem crédito

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Heloneida Studart - uma grande perda

Heloneida e seu filho

O Brasil perdeu, ontem, uma das grandes mulheres que já existiram em nossa história. Heloneida Studart era jornalista, escritora, feminista histórica e deputada estadual.
Teve uma grande atuação no processo de re-democratização do país, tendo sido, inclusive presa no período da Ditadura Militar.
Na luta pela igualdade de direitos e justiça social, Heloneida notabilizou-se, entre outras coisas, ao escrever o livro "Mulher, objeto de cama e mesa", que vendeu 280 mil cópias e está na 27ª edição, tornando-se leitura obrigatória para todos que quisessem se aventurar por entender a condição feminina, no Brasil, nos anos 80.
Heloneida foi uma das fundadoras do Centro da Mulher Brasileira, primeira organização feminista no país, depois da Federação Brasileira para o Progresso Feminino, fundada por Bertha Lutz, em 1922. Fundou, também, nos anos 80, o Centro Estadual de Direitos da Mulher, junto com outras mulheres integrantes do movimento feminista dos anos 70.
O espírito público de Heloneida foi reconhecido por muitos no Brasil e no exterior. Foi escolhida como uma das 100 mulheres mais importantes do século XX, no livro Mulheres brasileiras e foi uma das 52 brasileiras, entre as 1000 mulheres indicadas para receber o Prêmio Nobel da Paz.
O Brasil perdeu uma grande brasileira.